As vacinas contra o HPV foram aprovadas pela agência americana de controle de Medicamentos e Alimentos, FDA, sigla em inglês. No país, elas são vendidas em farmácias e clínicas privadas mediante aprovação de médicos especialistas, sob os nomes de Cervarix ou Gardasil.
Gardasil, fabricada pelo laboratório Merk Sharp & Dohme e destinada a pessoas com idades entre 10 e 22 anos, protege contra as cepas do HPV 6, 11, 16 e 18, assim, protege contra o condiloma acuminado e contra duas cepas cancerígenas frequentes de câncer.
Cervarix, por sua vez, é elaborada pela GlaxoSmithKline e protege contra os tipos de vírus 16 e 18. “Previne o câncer de colo de útero, de garganta, de ânus, de vulva, de vagina e de pênis”.
Vacina para o vírus do Papiloma Humano
A OMS, após vários estudos, determinou que a "vacina padrão de ouro" para os países em desenvolvimento era a Cervarix. Isso devido a três fatores: ela tem uma proteção imunológica mais duradoura (pelo menos 10 anos contra o HPV), apresenta uma maior elevação dos anticorpos que defendem a pessoa contra o vírus em todo o corpo e tem imunidade cruzada contra pelo menos três cepas cancerígenas de HPV (as cepas 31, 33 e 45), além das mais frequentes (HPV 16 e 18).
Outra razão de viabilidade para sua utilização em países em desenvolvimento é seu custo. Cada dose das três necessárias para estar protegido custa 80 dólares no mercado nacional, embora, se fossem realizados esforços de vacinação em massa, o preço poderia cair para 40 dólares se mais indivíduos se vacinassem.
As vacinas são aplicadas por via intramuscular e consistem em três doses: uma no mês zero, outra no mês seguinte e a última aos 6 meses.
A aplicação da vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), uma infecção sexualmente transmissível que pode causar câncer cervical nas mulheres e cânceres relacionados ao ânus, pênis e garganta nos homens, não é uma prioridade para os latino-americanos.
Seu alto custo e o pensamento de “vai afetar outra pessoa (o vírus), não a mim” contribuem para o aumento dos casos de câncer genital e, consequentemente, das mortes, que são evitáveis neste caso, segundo estimativas do médico nicaraguense Alejandro Pérez Fabbri, ginecologista e obstetra da Clínica Nutrymes e membro do Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia.
Por sua vez, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) tem buscado introduzir a vacina contra o vírus nos programas de saúde pública dos países da América Latina e Caribe para evitar que os cidadãos morram de uma doença evitável.
As vacinas contra o HPV no setor privado custam de 80 a 200 dólares por dose e foram aprovadas para serem aplicadas em adolescentes e adultos, mulheres e homens de 10 a 55 anos de idade.
No entanto, seu alto custo e a falta de informação ao público em geral têm impedido seu uso em massa nos países da América Latina.
Atualmente, são detectados 72.000 casos novos de HPV por ano na América Latina, e 33.000 mulheres falecem, de acordo com dados oficiais.
No Peru, não há informações oficiais a respeito. Porém, de acordo com um estudo apresentado na Nicarágua pelo Centro de Mulheres Ixchen, 1.221 mulheres deram positivo para o HPV entre 2010 e 2012, de um total de 80.000 casos atendidos.
A pesquisa realizada nos últimos dois anos aponta que 62% das mulheres afetadas estão na faixa etária entre 20 e 39 anos.
Tanto este estudo quanto o do Dr. Pérez Fabbri coincidem que a população jovem, homens e mulheres em idade fértil, é a que está em maior risco, e por isso, a vacina "deveria ser administrada a todos os adolescentes e todas as pessoas que têm vida sexual ativa".
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